segunda-feira, 19 de abril de 2010

Yu All - Blood Elf - Capitulo 18

(rewrote)
Encontro com a morte


Segui Octávio em direcção à missão. Enfrentar "Alucard". O que será que me esperava exactamente nesta missão!? Não sabia no que me ia meter. A poucos quilómetros da vila Orc um exercito aguardava-nos.

Viajava-mos todos a cavalo.
"Então e carros?" Pensava para mim. "Era tão mais facil se houvessem carros, ou aviões..." A viagem era longa, achava estúpido eles não recorrerem à tecnologia, mas Octávio nem queria ouvir falar disso.
Acho que como são seres com vários seculos de vida, não estão à-vontade com a rápida evolução da tecnologia humana.
Octávio planeava uma revolta contra o seu mestre Alucard.
Seria isto possível?
Octávio parecia seguro que sim.
Octávio deveria encontrar-se com Alucarde uma vez em cada século para lhe explicar como estava a evolução do clã.

No local do encontro, que seria a poucos dias de distancia, foram preparadas várias armadilhas que segundo Octávio, iriam garantir a sua vitória.
Perguntei a Octávio o porquê da revolta. Octávio não se importou em explicar-me detalhadamente as suas razões.
- Alucard é um ser de incrivel puder. Evoluiu grandiosamente na época em que os vampiros ainda viviam na terra. Evoluiu tanto que considera todos os outros seres do clã como uns fracos, não dignos de serem sequer seus escravos. Qundo regressou da terra, destruiu todos os grandes lideres do clã e unificou-nos num pequeno e controlável grupo. Uma das grandes causas de estarmos em extinção é a falta de paciência do nosso lider. Este apenas nós mantem vivos porque se não tivesse um grupo não seria considerado como um líder perante os grandes chefes de Seol e seria obrigado a servir um dos outros lideres. O mais certo era ele não aceitar ser escravo de ninguém e lutar até à morte com o novo líder. Provavelmente Alucard sairia vituriosa da batalha, aí tudo recomeçava, pois ao matar esse líder ele próprio tornar-se-ia lider desse grupo e teria a mesma atitude que tem connosco. Então, por conveniência para todos, somos mantidos vivos, protegidos de seol e gaia, mas impossibilitados de lutar e evoluir livremente. Se destruir Alucard, tudo pode mudar! Brevemente ele estará aqui. No início deste século absorvi sangue de elfo e treinei arduamente, agora poderei dar a este clã o destino que ele merece. Comigo no lugar de seu líder...

- Quando chegamos ao local do encontro, tudo estava pronto. Eu, Octávio e Manda o outro general de Octávio esperavamos Alucard.
Ao longe sentimos uma forte força aproximar-se. Octávio avisa-nos.

- Tenham calma, eu trato de tudo.
- De que tratas tu Octávio?
- Perguntou um ser que agora se apresentava pernte nós. Seria Alucard? Pelo poder que emanava só poderia ser. Ainda agora estava longe e de repente já estava aqui. Nem o vi chegar, parecia viajar mover-se mais rápido que um raio de luz. Seria possível Octávio destrui-lo?
Rapidamente Octávio cumprimenta o seu mestre.
- Mestre, bem vindo. Estava apenas a instruir os meus novos generais.
- Onde está Cristina? Não me digas que não sobreviveu?
- Não é isso mestre. Está em missão, não pode comparecer. Mas tal como previu a sua filha é agora um general nosso!
- Claro que sim. Não poderia ser de outra forma.
Então despacha-te. Ouvi dizer que agora são aliados de clãs que não seguem os nossos ideais. Isso não me agrada. Se precisam disso para sobreviver terei que tomar medidas...Bem, acho até que posso perder algum do meu tempo e destruir esse clã do Dragão.
- Não mestre, não será necessário.
Esse clã é apenas um meio que estou a usar para evoluir o nosso clã.
- Hahaha, sempre tão astuto, um verdadeiro estratega. Se invés de astucia, tivesses força, talvez fosse melhor!
- Octávio parecia-me excitante em atacar Alucard, mas continuou com o plano.
Seria realmente possível vencermos este combate?
Alucar parecia realmente poderoso. O seu poder podia ser sentido por todas as células do meu corpo, Uma força mais poderosa do que alguma vez eu havia sentido...
Olhei Alucard nos olhos e senti o meu corpo tremer. Senti terror bem dentro do meu coração. Tanta mágoa, dor, remorso, o seu poder negro é verdadeiramente aterrador. Só de o olhar qualquer inimigo ficaria com vontade de ser deitar no chão, chorar e pedir perdão. Submissão total.
seria este o poder de um verdadeiro líder? Todos diziam que Cecília ou Lara podiam ser bons e poderosos líderes, ou até mesmo Octávio, mas nunca senti de nenhum deles um poder igual. Apenas a sua aura demonstrava a sua sede de destruição. Será este o verdadeiro significado de se ser um campeão de Seol?
...

terça-feira, 13 de abril de 2010

É facil!...

Há dias em que tudo parece possível!

Yu All - Blood Elf - Capitulo 17

Caminho da verdade

Octávio contou-me vários acontecimentos que me deixaram a pensar...
Mas as revelações ainda não tinham terminado.
Octávio continuou.
- Embora não seja fácil para seres de grande poder entrar na terra sem alarmar os seus protectores, sabemos que algumas crianças foram mortas, o que quer dizer que algumas das forças de Seol foram bem sucedidos.
Uma delas deveria ser morta pelo meu mestre, mas como sempre, Alucard não se importa com nada nem ninguém. Ordenou-me que te matasse enquanto ele continuou nos seus idiotas afazeres. Nunca quer saber do seu clã, apenas aparece quando precisa de nós.
Para completar a minha missão, aproximei-me de Cecília e forjei uma aliança com o seu Clã.

- Cecília parecia irritada. Deixou o quarto reclamando algo que não percebi.
Enquanto isto Octávio ria.
- Eu seduzi Cecília e a convenci-a a dizer-me onde te encontrar.
Pesquisei um pouco sobre ti e quando vi que tinhas sido infectado pelo vampirismo, decidi que deverias ser treinado connosco ao invés de deixar o Império do Clã do Dragão destruir o vírus.
Achei que um ser com o teu potencial e com algum do poder de X31 não deveria ser destruído.
E assim, aqui estás tu, mais forte que nunca. Conseguiste tornar-te num general vampiro sem a ajuda de ninguém e um importante guerreiro dos Dragões...
E agora, no momento em que o nosso clã fará história, tu estarás ao nosso lado.
- História? Que História? Tens alguma coisa a ver com os ataques aos Orcs?
- Não sei de nada sobre os Orcs e agora esse é um assunto pouco importante. Deixaremos Cristina e Cecília tomarem conta dessa assunto. Agora, Pyros, cobro a tua promessa de me ajudares quando eu necessitasse,... agora Pyros, será feita história no clã. De uma vez por todas, o clã será uma verdadeira família. Partimos em uma hora, prepara-te.

- Decidi que devia seguir Octávio e honrar a minha promessa, mas mais uma vez a minha vida andava confusa, cheia de coisas que não compreendia. Decidi deixar-me levar.
Não estava nada contente com Octávio e com o facto de ter usado Cecilia, mas não podia fazer muito.

Tinha que me despedir de Cristina e Cecília.
Quando cheguei perto delas, não pude deixar de sentir uma certa magoa de abandonar novamente Cecília. Ao que parece ela e Octávio havia tido uma história amorosa. Olhando para a maneira como se relacionavam era notório que a sua história não era passado. Não sabia bem o que pensar sobre isto. Octávio sempre foi para mim um amigo estranho, calculista mas preocupado comigo e com o seu clã. No fundo eu achava-o um sonhador, um visionário de bom coração, mas como foi ele capaz de usar Cecília!? A minha Cecília. A Cecília que de minha não tinha nada, mas em todo o caso...
Octávio estava a falar com Cecília quando me aproximei deles para me despedir. Ao ver-me, Cecília parecia ficar pouco à vontade. Cristina correu para se despedir de mim.
- Desejo-te muita sorte, tenho a certeza que vais sobreviver.
- Por alguma razão essas palavras não me deixaram muito animado!
"Sobreviver!? O que vamos nós enfrentar?" perguntei-lhe.
Cristina beijou-me.
- Boa sorte. Fico à tua espera.
- Não soube como reagir. Ainda por cima ela beijará-me em frente a Cecília. Não sabia se devia ou não chatear-me com ela.
Cecília aproximou-se de mim dizendo:
- Octávio foi um erro que não se vai repetir. Boa sorte com a tua missão. Fico à tua espera.
- Dizendo isto deixou-nos.
- Octávio aproximou-se perguntando em voz autoritária.
– Vamos?
- Sim, mas o que vamos enfrentar? Qual é a missão?
- Alucard é a missão...

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sucesso

Golpe de sorte ou a primeira lei do sucesso


Espelho, espelho meu, quem é o mais bem sucedido dos bem sucedidos? Maria Bartiromo, jornalista americana especializada na área financeira e pivot de televisão, deu à estampa um novo livro e brinda-nos, logo na primeira página, com uma reflexão interrogativa: “Maria, és uma pessoa bem sucedida?”.

A resposta ocupa 293 páginas, ao longo das quais ‘Money Honey' - alcunha pela qual é conhecida e que tanto faz referência à sua elegância como ao dom natural para fazer dinheiro - analisa e reflecte sobre a sua vida e a das pessoas famosas que entrevistou para a escrita do seu novo livro, "The 10 Laws of Enduring Success".

Um destes dias experimentei a mesma fórmula. Olhei-me no espelho enquanto lavava os dentes e perguntei em voz alta: "Lucy, és uma mulher bem sucedida?". Tive alguma dificuldade em concentrar-me na pergunta porque o meu olhar insistia em analisar a raiz dos cabelos. Até quando vou suportar isto sem ir ao cabeleireiro? Após este breve parêntesis focalizei-me na pergunta e cheguei a algumas conclusões deveras simples, que posso resumir numa centena de palavras.

Antes de mais, a pergunta não está bem formulada. Perguntar se somos bem sucedidos é tão contraproducente como perguntar se somos felizes ou se a vida tem algum sentido. Se a resposta for "não" ficaremos deprimidos, mas se a resposta for "sim", a sensação de complacência e arrogância que nos vai assaltar será também prenúncio de sofrimento ou fracasso no curto prazo. As raras vezes que me senti uma mulher bem sucedida deitei tudo a perder no minuto seguinte.

As pessoas verdadeiramente bem sucedidas que tive a oportunidade de conhecer fogem sempre ao assunto. São bem sucedidas, mas também são paranóicas. Ou vivem cheias de medo de perderem o sucesso alcançado ou num estado de permanente insatisfação ansiando por mais.

Dediquei alguns instantes a pensar nessas pessoas bem sucedidas e a ponderar sobre quais seriam as suas "leis do sucesso". Antes de acabar de lavar os dentes já tinha a lista completa. Bem, importa dizer que nela constam apenas duas "leis". A primeira, e a mais importante, dá pelo nome de sorte, apesar de raramente ser contemplada nos livros de automotivação e crescimento pessoal e profissional. Só uma pessoa que alcança um êxito tremendo como Warren Buffet poderá admitir que o melhor que lhe aconteceu na vida foi nascer homem e caucasiano nos EUA naquele dado momento da História. A maioria das pessoas teve um golpe de sorte quando nasceu e mais uns quantos ao longo da vida, mas nada de grande importância.

A segunda lei é aquilo a que chamamos ambição. Todas as pessoas que conheço e que são bem sucedidas na área da gestão desejaram ter êxito. Praticamente tudo decorre deste desejo desmedido, do trabalho árduo à determinação passando pela falta de compaixão. Ocorre-me, no entanto, outra "característica" imprescindível em certas áreas da gestão: feições bonitas e elegantes. Se for um gestor anglo-saxónico até pode dar-se ao luxo de ser feio, mas se for uma empresária, isto é, mulher, e quiser vingar na televisão, a beleza é essencial.

E pronto, agora já sabem quais são as minhas duas leis e meio do sucesso. Como se pode ver, Maria é muito mais ambiciosa do que eu. Se assim não fosse não se tinha empenhado em chegar às dez leis do sucesso, apesar de algumas serem perfeitamente inúteis.

O auto-conhecimento é a primeira lei que a autora invoca. Pergunto-me o que lhe terá passado pela cabeça. As pessoas com uma dose elevada de automotivação estão cientes da sua fragilidade e falibilidade, facto que as priva da confiança inabalável de que necessitam para serem bem sucedidas. Depois, decreta a integridade como característica essencial para o sucesso. Seria fantástico, sem dúvida, mas como a realidade está longe de ser assim nem vale a pena discutir esta questão.

O mais desconcertante, porém, é dizer que não há sucesso sem humildade. Os leitores britânicos sabem muito bem que só a falsa humildade compensa, uma vez que somos todos dados à auto-desaprovação. Ser genuinamente humilde não leva a lado nenhum. Em todo o caso, não é uma lei que ‘Money Honey' aplique a si própria. Basta ver a forma como o seu nome vem grafado na capa do livro: "Maria Bartiromo", em letras garrafais, brilhantes e em relevo. O nome do ‘ghost-writer', pelo contrário, foi impresso em letras minúscula e num tom baço e neutro.

Há outra "coisa" que também não figura na minha lista de duas leis e meia nem na lista de Maria: competência. É importante, claro, mas deixei-a de fora por ser bastante comum. Vendo bem, há mais pessoas competentes por esse mundo fora do que lugares de topo nas empresas.

Durante a escrita desta crónica ocorreu-me outra lei do sucesso: ser capaz de dizer uma coisa óbvia levando os outros a pensar que é um exercício de sensatez. Curiosamente, os gestores sénior passam o tempo a fazer isso sem o mínimo esforço. Ora, o que acima referi sobre a sorte e a ambição é gritantemente óbvio, mas se o leitor ficar com a ideia de que é uma observação sensata poderei ir descansada ao cabeleireiro e sentir-me uma mulher bem sucedida.


De: Lucy Kellaway,
 Exclusivo Financial Times

Tradução de: Ana Pina,
 economico.sapo.pt