quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Yu all - O Avatar - Capitulo 2

Anabela, the long life love of Bruno...




AshWorld
O espírito de Luís foi resgatado e enviado para a terra. Agora aguarda que o seu destino seja decidido pelos paladinos terrestres.Até que Luís pudesse recuperar todo o seu puder, este deverá viver através de um corpo humano.
Bruno, um jovem normal, filho de um grande general paladino foi o escolhido para partilhar este destino. A sua grande apetência para a magia faziam dele o hospedeiro ideal.

Como sempre acontecia com os jovens filhos de Paladinos, Bruno não fazia ideia de quem eram ou o que eram os Paladinos, do que é AshWorld, ou muito menos podia alguma vez saber qual o destino que seus pais aceitaram para ele.

O império de Gaia, havia decidido que AshWorld deveria ser herdado pelo império do Dragão e como prova de empenho em dar-lhes o planeta, Gaia ordenou à ordem de Paladinos que entregasse uma poção de sangue de elfo à emissária Cecília, que se encontrava na terra a recrutar jovens promissores para que se juntassem ao seu império. Com este sangue podiam ser preparadas poderosas poções que iriam ajudar no rápido desenvolvimento do império do Dragão.
Os mais promissores jovens eram Bruno e João. Segundo havia sido decidido, estes seriam ambos recrutados para o Império como sendo aqueles que iriam absorver a poção e tornar-se na grande força que destruiria Seol.
Bruno era filho de dois grandes paladinos, a linhagem deste clã de grandes guerreiros conferiam-lhe um grande poder e um promissor futuro.
Já João era uma inexplicável anomalia. Apenas o pai, e avós paternos eram paladinos e embora o poder dos seus antepassados não fosse muito grande, João havia nascido com uma inexplicável apetência para a magia.
É necessário agir e recrutar estes jovens o quanto antes. Antes que as forças de Seol os encontrem.

  Reunião de Paladinos
Com o debilitado actual estado de Luís, medidas tinham que ser tomadas. Gaia voltou com a sua palavra atrás e ordenou que a poção de elfo fosse usada para devolver o espírito de Luís a um corpo humano.
O seu espírito estava suspenso entre o mundo dos vivos e o dos mortos por uma poderosa magia que enfraquecia a cada minuto que passa. Várias providências deveriam ser rapidamente tomadas.
Cecília, Carolina e ShadowWolf os três emissários do Império do Dragão estavam em Lisboa como recrutadores e diplomatas e têm como principal missão garantir a selecção e segurança dos novos recrutas.
Inexplicavelmente as forças de Seol haviam entrado na Terra e estavam a matar os possíveis candidatos. As escolhas devem ser feitas rapidamente e a segurança dos jovens deve ser assegurada.
Os paladinos não estão a conseguir manter a segurança do planeta e como forma de resolver a questão decidiu-se que Bruno deveria ser o humano que iria receber grande parte do sangue de elfo, mas não com o objectivo de fortalecer o seu potencial mágico para que este fosse recrutado para o Clã do Dragão mas sim com o objectivo de preparar o seu corpo para que este sirva de receptor para o espírito de Luís.
Cecília Carolina e ShadowWolf não deveriam contar isto a ninguém, nem mesmo aos superiores do seu Clã, uma vez que isto podia provocar o fim das relações entre o Clã e Gaia.

  A mudança de Bruno
Os vários paladinos reúnem-se com Cecília, Carolina e ShadowGost.
Com um ar de liderança e aparente preocupação o pai de Bruno dirige-se a todos.

PAI DE BRUNO - Hoje temos uma importante missão. Temos que assegurar a sobrevivência do imortal Luís. O seu espírito sobreviverá através do corpo do meu filho Bruno. Ficou decidido que este não irá saber o que se passa. É provável que ele suspeite graças às capacidades de visão do passado, presente e futuro que corre no sangue da nossa família, mas estou certo que para ele que sempre viveu à parte deste mundo, tudo lhe irá parecer ficção, sonhos, delírios... Faço isto para o bem do clã, de todo o planeta Terra e AshWorld e especialmente para o bem dos próprios Luís e Bruno.
CAROLINA - Ele está aqui. Pára com o discurso, vamos proceder ao ritual.
CECÍLIA - Bruno, eu sei que nos podes ouvir. Estes sonhos desaparecem a partir de agora...

Bruno presencia tudo isto através de sonhos, mas neste caso o sonho termina com as palavras de Cecília. Acorda apenas na manhã seguinte. Está já atrasado para a defesa do seu primeiro caso como advogado. Bruno salta da cama e apressa-se. Ao sair de casa Cláudia vem ter com ele desejar-lhe boa sorte para o caso.
É estranho reparar que Bruno não está preocupado. Já não parece cansado como de costume. Além de tudo está com um sorriso, nada normal pensa ela. Nem mesmo quando ela lhe relembra que o chefe vai lá estar e que este é um caso de extrema importância ele demonstra o mínimo de preocupação.
Cláudia não se apercebe que Bruno não está preocupado e insiste "deves ter calma que tudo vai correr bem". Bruno pára tudo, olha-a nos olhos sorrindo e diz-lhe "claro que vai tudo correr bem".
Cláudia sorri perplexa com o anormal optimismo de Bruno.
Bruno corre para o tribunal. Ao chegar, o chefe já com má cara diz-lhe que as coisas se alteraram que existem provas que comprovam a culpa do seu cliente, que é um caso difícil e não deve ser ele a fazer a defesa.
BRUNO - Nada disso. Este caso é meu. Estou preparado.
Bruno continua caminhando com confiança, deixando o chefe para trás.
Passa por Anabela e cheio de convicção diz-lhe "bom dia, querida Belinha". Ela responde com um sorriso.
"Wouu que sorriso..." pensa Bruno, enquanto, cheio de confiança, entra na sala de audiências.
O seu cliente de nome António Jozé, mais conhecido como Dr. Tó, é filho de um juíz, é acusado de rapto e violação. Bruno olha-o avaliando-o e questionando-se sobre a sua inocência. Era notória a arrogância do jovem.
Em todo o caso Bruno está decidido. Um cliente é um cliente. Fui contratado para provar a sua inocência e é o que vou fazer.
O julgamento começa. Realmente haviam novas provas que sugeriam a culpa do seu cliente, mas nada para além da vitória paira na cabeça de Bruno.
As provas surgem, as testemunhas atropelam-se. Nada bate certo. A acusação nada consegue provar. Para Bruno esta foi uma defesa fácil. Este sai da sala de audiências com um ar de sucesso. Foi o seu primeiro caso e havia conseguido ilibar o seu cliente de todas as acusações.
O seu chefe apressa-se para o cumprimentar.
CHEFE - Saíste-te bem miúdo.
"Tive um bom professor", diz Bruno bajulando o seu chefe.
Ao mesmo tempo o chefe chama Anabela para que venha cumprimentar Bruno. Anabela está furiosa. Olha Bruno com um ar de desagrado e sai dali sem sequer o felicitar.
CHEFE - Não lhe ligues. Ainda é jovem. Aparece mais logo na festa. O nosso cliente fez questão de nos convidar. Não te atrevas a faltar... espera Anabela.
Dito isto Bruno é deixado só. O seu chefe corre atrás de Anabela.
Bruno, já ao longe parece ouvir o chefe a dizer a Anabela "querida, não podes reagir assim". "Não, devo ter ouvido mal!" prefere ele pensar.


Reviravolta
O julgamento havia durado toda a manhã e grande parte da tarde. Quando Bruno chega a casa para se preparar para o seu grande jantar de comemoração Cláudia espera-o. Esta já sabia da vitória dele e havia preparado um jantar de comemoração.
"Falaram agora do teu caso na T.V., preparei um jantar para nós comemorar-mos" disse-lhe Cláudia correndo para o felicitar.
Era visível o seu olhar de tristeza ao saber que não poderia comemorar este momento com Bruno. Sem grande tempo este ainda tenta animá-la e comer um pouco, mas tem que se apressar, o local do jantar com o cliente ainda é longe.
De qualquer das formas para Bruno aquele jantar parecia-lhe algo anormal. Afinal de contas Bruno e Cláudia são apenas amigos. O gesto dela  merece a sua melhor consideração, mas seria possível que algo estivesse a surgir ali? A dúvida começa a abalar Bruno. Em todo o caso este tem que se apressar e não tem tempo para pensar em romances. Para ele Cláudia é apenas uma boa amiga e assim deve continuar. No seu coração há apenas lugar para Anabela.

Já no jantar todos felicitam o jovem Dr. Tó e o seu advogado. Ambos são o brilho da festa. A noite passa, Bruno é elogiado por todos, conhece vários contactos importantes para o seu futuro profissional, bebe bastante.  É já quase de madrugada quando o seu chefe lhe diz que é melhor irem embora.
BRUNO - Antes vou só passar no WC.
A caminho da casa de banho, Bruno repara que o Dr. Tó que está a agarrar violentamente uma empregada tentando beijá-la. Ele corre para os separar, nota que o jovem também bebeu demasiado e brinca com a situação.
BRUNO - Se continuares assim terei que ir novamente a tribunal defender-te. Ao menos devo ter mais vitórias esmagadoras como a de hoje.
DR. TÓ - Vitórias fáceis queres tu dizer! Assim acho que nem de advogado precisava.
BRUNO - O que estás a insinuar?
Enquanto isto o chefe de Bruno aproxima-se.
DR. TÓ - Se não fosse o meu pai a dar um jeito em algumas pessoas tu nem servirias para me lamber os sapatos.
CHEFE - Vamos lá a ter calma. É melhor irmos embora. Vamos Bruno.
BRUNO - O que é que ele está a dizer? Isto é verdade?
CHEFE - Não vamos falar disso agora. Deixemos o senhor Dr. ir deitar-se Vamos embora!
Ao mesmo tempo o chefe agarra Bruno e diz-lhe ao ouvido.
CHEFE - Não sabes onde te estás a meter. É melhor não saberes de nada. Vamos antes que as coisas corram mal.
Dizendo isto entra um segurança na sala. O jovem dirige-se a ele e ordena-lhe que dê uma lição a Bruno. Mais dois seguranças aparecem.
CHEFE - Vamos a ter calma. Nada disto é necessário. Eu assumo a responsabilidade. Vamos a ter calma.

Bruno não pode acreditar no que se está a passar. Não sabe como reagir.
Os seguranças agarram-no a ele e ao Chefe.

(continua)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010