domingo, 14 de março de 2010

Yu All - Blood Elf - Capitulo 15

(rewrote)
O meu poder negro

Estou no meio do territorio inimigo a lutar num campeonato contra o campeão Orc.
Ouviu-se o som de um bombo, a luta começou...
O Orc de mais de três metros e provavelmente perto de uma tonelada de músculo carregava duas estranhas espadas.
Atacou-me de frente, gritando em fúria.
Os seus ataques eram rápidos e poderosos, mas não me era difícil esquivar. Eu tinha apenas uma espada e uma leve armadura. Embora lhe ganhasse em rapidez perdia bastante em poder de ataque, os golpes que eu desferia mal causavam impacto, aquilo que eu considerava serem ataques poderosos, na realidade não surtiam nenhum efeito no Orc. Cada ataque meu me parecia deixá-lo apenas mais e mais irritado. Rapidamente me fui apercebendo de que quanto mais irritado ele ficava, mais rápidos e poderosos eram os seus golpes. Começava lentamente a perder o pouco controlo da batalha que tinha.
O Orc estava a ficar avermelhado, parecia estar a espumar-se. Estava cheio de raiva! Os seus ataques eram descontrolados.
Decidi usar os poucos conhecimentos de artes marciais que possuía. Tentei usar o seu peso, e ataques com toda a força para o tentar desequilibrar e fazer cair, talvez me desse uma vantagem. Não foi difícil, à primeira tentativa fiz-lo cair e desferi um gole na garganta. Não ajudou! O golpe era demasiado superficial, a sua pele é como uma armadura, só estava a conseguir irritá-lo mais.
As regras do torneio diziam que não podia utilizar ajuda de nenhum ser, nem fazer qualquer tipo de ataque mágico que afectasse o meu oponente.
Lembrei-me! As regras não diziam que não podia fazer magias que me afectassem a mim. O que tinha eu aprendido que me poderia ajudar?
Foi aí que me lembrei das aulas do necromante.
O poder negro é a magia mais destrutiva e perigosa de todas. Com ela tudo é possível. Mas as consequências poderão ser terríveis.
O meu mestre sempre me dizia "Se estiveres disposto a desistir da tua humanidade, podes fazer tudo" e ali estava eu, disposto a tentar tudo, não tinha outra escolha. O Orc estava cada vez mais rápido, se me acertasse uma vez que seja estava certo que a luta estava perdida.
Não tinha outra opção. Morrer era bem pior do que perder a minha humanidade.
Concentrei-me. Num ataque consegui desequilibrar o Orc atirando-o para a outra ponta da arena.
Parei de atacar. Fechei os olhos e foquei-me apenas no meu poder.
Conseguia sentir a magia percorrer o meu corpo. Acumulei-a ao máximo e deixei que fluísse pelos meus ossos e músculos, abri os olhos. Demorei tempo de mais, Pensei para comigo.
O Orc estava a um metro de mim, lançou-me a voar com um murro. Bati contra umas pedras. Senti apenas as rochas quebrarem atrás de mim. Os meus músculos estavam inchados, crescendo desproporcionalmente. O orc susteve o seu ataque esperando ver o que se passava comigo. Não detive a magia, pela primeira vez compreendia o meu poder negro e estava disposto a deixa-lo fluir pelo meu corpo sem qualquer controlo ou receio.
Agarrei a minha espada. Corri contra o meu oponente. Este defendeu o meu golpe com a sua espada. Não! O choque quebrou as espadas. A ponta que ficou na minha mão continuou em frente desferindo um profundo golpe no braço do Orc.
Este ficou incrédulo com o meu ataque.
Preparei-me para mais um ataque quando subitamente o Orc se ajoelha admitindo a derrota.
Tudo ficou turvo... desmaiei... todo este poder era demasiado.
Acordei apenas horas depois.
Estava na vila Orc com Cristina e Cecília.
- Estás bem? – Perguntou Cristina.
- Sim, acho que sim.
- Cecília olhou-me. Não sabia se com amor se com ódio.
- Foste longe demais. -Disse Cecília, deixando o quarto.
- Não lhe ligues. - Disse Cristina.
- Conseguiste salvar-nos, isso é o importante.
- Depois do campeão ter sido derrotado o chefe da tribo não quis que continuássemos no torneio. Disse que eras um guerreiro precioso demais para morrer. O ex-campeão era seu filho. Bem, um dos quarenta e sete. Mas mesmo assim o chefe ficou contente por não o teres morto.
- Ri dizendo - Bem, não tive grande chance de o fazer.
- Não. O chefe acha que o poderias ter morto desde o inicio do combate, mas que não o fizeste. Eu negociei com ele em tua vez. Ao que parece alguém se fez passar por um guerreiro do clã do dragão e atacou uma tribo de Orcs mais a norte, teremos que ir até lá para apurar os factos. Já foi enviado um emissário Orc avisando-os de que íamos a caminho. Vamos tentar esclarecer tudo.
Entretanto, tens um amigo que te quer rever. Logo que estejas bem peço-lhe para entrar.
- Quem é?
- Octávio!
...

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