segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Arte, Economia e Pirataria na música e cinematografia

Num dia quente de verão, no meio de um turbilhão de felicidade ela foi concebida. 9 meses depois aparece ela, a Arte. Como ela era bela, como ela era sonante. Era um prazer contemplá-la e usufruir da sua presença mesmo quando esta esta era ainda jovem e inexperiente.
Desde pequena que ela sonhava com a fama. Queria ser conhecida por todos.
Nessa altura para se alcançar o mundo, era necessário ajuda, não se podia simplesmente abrir uma pagina na web... A opção era envolver no processo de divulgação os bons vendedores, produtores, disigneres, etc. Assim sendo, a arte empenhou-se, "vou contactar a Economia para me ajudar.

Economia era já uma velha sabixona na altura. Rapidamente se disponibilizou para ajudar. "Em breve todos te vão conhecer, todos se vão alegrar ao ver-te", dizia confiante a Economia para a Arte.
E assim começou a história de como Arte cada vez se tornou conhecida em prol do "bem da humanidade", ou pelo menos assim ela pensava. Pois aos poucos a Economia foi esquecendo "o bem da humanidade" e focou-se apenas no se tornar "cada vez mais conhecida".

Tudo era belo, tudo era feliz, até ao dia em que o bicho da inveja apareceu para a Economia. O Homem tinha resolvido pensar. Começou a copiar as k7s..."raios, não tarda nada andam todos a partilhar a musica divulgada e eu deixo de vender a musica antiga e tenho que estar sempre a comercializar novos produtos!!" pensou para si a Economia.
Contente o Homem vivia rindo e chorando ao bom toque da Arte. Ouvia as copias e não estragava o original, oferecia a copia até no natal. Eram felizes a Arte e o Homem.
Só a Economia não andava contente, os milhões que ganhava não eram suficientes, tinha que se proteger ou um dia podia não mais conseguir vender. O que fazer? O que fazer?

Vou codificar as musicas, construir maneiras de impedir as copias.

Mas codificar as musicas não foi suficiente. A economia precisava de mais. Mexeu os seus longos braços invisíveis e transformou a o Homem num Pirata. O Pirata agora triste, tem que se esconder, é preceguido pela lei.

Tudo começou novamente a correr a favor da Economia. Pelo menos até ao aparecimento da Internet...
A Internet, num acto de romantismo decidiu reunir o Homem e com Arte. Queria que eles se juntassem sempre e em todo o lugar.
Começou então a ajuda-los. A deixar que se encontrassem sem a supervisão de ninguém. Sem que alguém tivesse que saber, que permitir, ou que cobrar.

Como era de esperar alguém não estava contente. A Arte já não precisava da economia para ser conhecida, para ter qualidade... Como ficou triste a economia... mas nem pensar em desistir. A velha Economia podia até já não ser necessária, mas podia sempre tentar convencer tudo e todos que ela é indispensável. Aos poucos continuou a influenciar a lei e antes que todos se apercebessem já a própria Internet era controlada.

A Economia vive ainda hoje no eterno dilema de vender a Arte e continuar a ser sua dona.

Todos os que quiserem partilhar, divulgar e usufruir da arte gratuitamente são assim considerados como criminosos que roubam as empresas que tanto trabalho têm em fazer a copia massificáda de cds, dvs, blu-rays e paginas web para disponibilização paga de algo que se poderia obter gratuitamente ou a preços infimamente pequenos.
"Afinal onde está o valor acrescido do original sobre a cópia?" perguntava-se o pirata? se eu não preciso de um cd, vou paga-lo? Se o meu amigo tem a musica, porque não a posso ouvir também no meu computador, no meu mp3, no meu carro com os meus cd's? Triste é agora o mundo em que as mães têm que ensinar os seus filhos que afinal partilhar é errado...

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