sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sentimento…

Demonstrando um bom e velho sexismo da qual a maioria dos homens fazem parte, incluindo eu próprio, não podia deixar de mais cedo ou mais tarde reparar numa minha perturbadora característica.

Descobri em mim um sentimento comummente classificado como pouco másculo, no sentido machista da palavra. Um sentimento não digno de um Homem com “H grande”.

Um sentimento que me leva agora a questionar “porquê?” ou “para quê?”.

Para se entender este sentimento é preciso primeiramente perceber o porquê de eu ter reparado nele. (Ou não! Mas mesmo assim vou escrever)

Como reparou há uns tempos uma boa colega, dizendo “…a sério!? Ai que giro!”, sábias palavras. Poderosas o suficiente para me levarem a ponderar esta minha ex-concepção. Estas palavras induzem-me a aceitar esta falha de forma mais leviana. Em todo o caso parece-me ainda digna de anotação.

Esta minha colega reparou que considero o sentimentalismo como um defeito.

Fraquezas emocionais, são para mim, como que um animalejo que nos afecta profundamente distorcendo o raciocínio lógico, por isto mesmo, agindo como um qualquer “H grande” ponho a emoção lá bem no fundo, bem fechada. Claro está que este fruto da minha infância machista me parece agora, graças a esse minha colega, um pouco menos essencial. Para quê fecha-las lá no fundo? Valerá a pena!

Mas, ainda assim, este sentimento não deixa de me provocar indignação. Este conflito de que o “homem” tem que se o bom e velho “Homem”.

E é graças a esta minha característica que reparei que tenho um irracional desejo de acreditar no… “amor perfeito”.

È verdade, este é o meu tão criticado defeito.

Este cliché digno das mais femininas e antiquadas mulheres, provocou-me recentemente uma certa indignação.

Ora, …“Amor prefeito” é uma complexa conjuntura que depende de vários pré-requisitos. Primariamente é algo que deverá existir pré-destinado. Algo que seja notório desde o primeiro contacto. Que deverá ser sentido por ambas as partes no momento em que ambos os olhares se trocam pela primeira vez, provocando um instantâneo reconhecimento das suas almas, o que irreversivelmente levará à felicidade proferida. Algo assim tipo filme de Hollywood.

Será isto pedir demais?

Analisado o meu passado, a minha felicidade nunca dependeu destes primeiros olhares mágicos, mas sim dos inicialmente inquietantes, distantes e frios olhares … mas… mesmo assim… continua o conflito…“amor perfeito”…era giro…

4 comentários:

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  4. ei pa...devo escrever mm mal... ninguém percebe os meus posts... :(

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