sábado, 12 de junho de 2010

Yu All - Blood Elf - Capitulo 21

(rewrote)
Novos desafios


Cada dia que passa neste estranho mundo, sinto-me mais e mais forte e mesmo assim nunca pareço estar à altura das expectativas. Desde que vim para este mundo, sempre achei que aqui conseguiria ser feliz, mas na realidade tudo o que tenho feito é rodear-me de mais e mais conflitos, de mais e mais guerras.
Talvez agora esteja na altura de alterar isso.
Agora o meu poder é imenso, consigo orientar as minhas almas até cerca de meio quilometro de distancia sem dificuldade. Tudo neste espaço está sobre o meu domínio. Aqui sou omnipresente e omnipotente.
Eu realmente posso construir um mundo diferente, posso quase que dar imortalidade a quem o desejar, todos podem viver através de mim. Se conseguisse controlar e supervisionar totalmente estes meus espíritos podia patrulhar o mundo, ser quase que o guardião, o policia, o mestre do mundo...! Agora posso tornar-me Deus!

Aproximava-me rapidamente da aldeia Orc, percebia porque aqui ninguém quer ouvir falar de carros ou aviões. Agora podia perceber porque nunca ninguém quer ouvir falar de qualquer tecnologia humana. Eu estava a levitar, viajando a uma grande velocidade, com um poder quase que inimaginável desde que entrei neste mundo. Para que precisava eu da limitada tecnologia existente na terra!?
Encontro-me ainda a alguns minutos de distância da aldeia Orc, podia ver toda a aldeia através dos olhos dos espíritos. A aldeia está completamente destruída como era isto possível!? Os Orcs não abandonariam facilmente a aldeia. Pensar que todos aqueles poderosos e ferozes guerreiros haviam sido derrotados não era sequer imaginável. O que poderia ter acontecido aqui?
Aproximei-me o mais rapidamente que pude. Ao aproximar-me consegui sentir uma alma moribunda, era um Orc que estava perto da morte. Absorvi-o e trouxa-o à minha presença.
- Que se passa onde estou? - Gritava o Orc.
- Acalma-te. Venho em nome do Cla do Dragão. O que se passou aqui?
- O Orc olhou-me com medo.
- Tu! És o Pyros, Cecília esperou por ti o máximo que pôde.
- Cecília, onde está ela?
- Foi enfrentar a Sombra.
- A sombra? O que queres dizer com isso?
- Não te zangues não te posso ajudar. Não o deixes apanhar-me.
- Não te quero fazer mal, Diz-me apenas onde posso encontrar a Cecília.
- Não me faças mal. Ela foi para o norte, eu não tive culpa. Ela foi porque quis. Deixa-me ir. Não me leves para o norte, vou ser morto como os outros.
- Raulian interveio. – Mestre, esse espírito está demasiado perturbado, é melhor escraviza-lo. Se o mantivermos lúcido só vai perturbar o nosso poder. Ainda não estamos fortes o suficiente para possibilitar almas tão diferentes e tão confusas perturbarem a nossa união de mentes.
- Não me agrada escravizar uma alma. Se ele não me vai ajudar por livre vontade é melhor liberta-lo.
- Mas não sabemos o efeito disso. Não será muito arriscado?
- É uma boa altura para descobrir.
- Esta seria a primeira vez que ia libertar uma alma consciente. Queria saber o que iria acontecer.
Lentamente recordei os ensinamentos de Rafaela, concentrei-me e consegui libertar o seu espírito... e...nada!
Depois de libertar a alma, não notei diferença. Não notei uma perda de poder. Não sei o que foi feito do espírito. Simplesmente não estava mais ali.
Raulian era o grande aficionado em estudar este mundo dos espíritos, rapidamente se apercebeu de um grande potencial.
Eu deveria absorver todos os seres à minha volta e libertar novamente o seu poder. Se o meu poder aumenta com cada absorção de espíritos e não perco poder em libertar as almas, podia sacrificar tudo à minha volta e usar a sua morte para aumentar drasticamente o meu poder. Tudo isto sem a necessidade de escravizar espíritos correndo o risco de enlouquecer no processo. Com o meu nível de poder podia, facilmente, matar tudo à minha volta, absorver-los e liberta-los novamente, assim iria ficar rapidamente mais forte. O processo é ligeiramente diferente de quando é feito inconscientemente absorvendo e libertando insectos e pequenos roedores.
A ideia de matar tudo não me agradava, mas Raulian não estava disposto a desistir da ideia. Se não queria matar tudo, os meus actuais espíritos podiam decidir quem matar. Eu só tinha que lhes dar o poder para tal, argumentava Raulian.
Isto era algo que também não desejava. Permitir que vampiros decidissem quem matar. Certamente iriam matar tudo que conseguissem, o que resultava no mesmo. E se lhes desse muito poder, quem sabe o que iria acontecer. Não tinha a certeza se podia confiar em todos eles. Todos juntos podiam simplesmente tornar-me num recipiente para formar o seu novo clã. Uns novos seres. Basicamente guerreiros fantasmas, onde eu seria apenas o seu "carregador" a sua "casa"... esta ideia também não me agradava nada!
Embora não tivesse razões para desconfiar deles, não tinha a certeza se não seria possível fazer isto nem se não seria o que eles desejavam tentar. Afinal de contas neste momento tudo me parecia possível.
- Não! - Decidi-me.
- Vamos apenas absorver os nossos inimigos. Não vou tolerar desobediências.
- Raulian não esperava por esta firmeza, mas garantiu-me que as minhas ordens seriam seguidas.
Continuamos em direcção ao norte a toda a velocidade.
A pouco e pouco apercebi-me de uma grande força que se fazia sentir.
Segui na sua direcção.

Ao longe, vi um castelo surgir. Este castelo não era normal, os meus espíritos não conseguiam lá entrar. Não consegui perceber porquê, afinal eles eram fantasmas, deviam conseguir ir a todos os locais.
Aproximei-me lentamente, quando subitamente um velho surgiu perante mim.
- Olá Pyros, como tens passado? É bom reencontrar-te!
- Quem és tu? Como sabes o meu nome?
...

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