sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vida depois da morte

Morte,

um tema ignorado, temido e que nos deixa com saudades dos que já partiram...

À parte de toda a mística e sofrimento que existe sobre o tema, sendo eu um ser racional, tenho que me debruçar sobre o que me esperar na morte.

É certo que ninguém lhe escapa, por isso podemos simplesmente ignorá-la até que esta venha ter connosco. Aí, e só aí, pensamos e sofremos com a sua existência.
"Mais vale não pensar nisso, só nos vai deixar tristes..." e para quem acredita e pretende continuar a acreditar nisso deve parar de ler agora!


Para todos os outros, aqui fica a minha posição sobre o tema:

Eu acredito que o pensar na morte não nos deixa tristes, mas sim alegres...
Na morte temos apenas 2 opções, acreditar que ela é o fim de tudo, que depois dela não existimos mais, ou acreditar que de alguma forma poderemos existir depois dela.

Se tudo acaba com a morte, então tudo o que sou e faço deixará de ter importância pois em poucos anos nada do que para mim existe continuará a existir. Posso desrespeitar todas as leis, fazer tudo o que quiser sem medos, viver a vida como quiser...cheia de alegrias ou tristezas, não importa, nada disso passa de substâncias químicas e matéria orgânica a interagir na minha mente, sendo que a própria mente, não é grande coisa...é apenas a evolução do que antes era apenas instinto básico de sobrevivência  É agora algo como a racionalização do instinto. Assim, se é tudo tão banal, tão frágil e sem importância, porque não morrer já? Agora!? Vai tudo dar ao mesmo, morrer agora ou daqui a uns anos, tudo termina da mesma forma...tudo termina com o vazio! Nada de tristezas, arrependimentos, ódios, alegrias, sonhos,... amor...
Tudo termina num nada!

Mas se por outro lado, esta vontade que todos os seres vivos sentem de viver, de se multiplicarem, de crescer.. de serem felizes..., se tudo isto é mais que células orgânicas a competirem, então a vida tem objectivos; ou pelo menos, tem razões para existir e para continuar a existir. Estes objectivos, ou sentimentos básicos são como "vozesinhas" que nos dizem, "Vive!", "Procura a felicidade!", "Faz o que é correcto!" "Multiplica-te"...este "instintos" básicos que estão dentro de todos nós unidos a todos os sentimentos e à capacidade de raciocinar, tudo isto deverá ter um objectivo. Porque existem eles? Porque nos guiam na vida? Que objectivo poderá a vida ter se todos morremos e tudo termina!?

Não! Às tantas não existem objectivos nenhuns...é tudo um acaso! Foi a evolução das espécies! É tudo uma questão de ciência pura e crua...
Ou será que não? A escolha é tua, ou acreditas que nada importa ou acreditas que afinal poderá ser que exista alguma coisa e mais vale estar preparado.

Eu prefiro acreditar que esse objectivo existe! Prefiro acreditar no que o meu coração me diz e não acreditar que puff...já não existe nada!!!
A vida luta para existir. A vida está programada para se multiplicar e criar seres cada vez mais complexos. Toda esta complexidade, força, racionalidade prepara-nos para o que vem no fim. Prepara-nos para morrer! Seria demasiado parvo preparar-nos para deixar de existir...mas mesmo que assim seja, então nada disto interessa. Tudo acaba no nada, certo?!

Mas e se por acaso tudo isto interessar?...Se tudo o que somos interessar? Se a morte não for só o fim...então tanto a vida como a morte interessam!!!

O instinto diz-me para sobreviver e ser feliz.  A lógica diz-me que a vida só tem significado se a morte não for o fim de tudo. Então tudo o que eu sou e faço, toda a maneira como vivo é importante. Se por acaso, de alguma forma, a vida continuar para além da morte, sabendo eu que tudo o que é material termina com a morte, então o que continua? O meu raciocínio? Pensamento? Alma? Espírito?...só isto tem chances de continuar...

O pensar na morte faz-me acreditar que na vida só uma coisa importa: a nossa mente! Aquilo que acreditamos, sentimos, fazemos, aquilo que verdadeiramente somos, só isto tem possibilidade de continuar depois da morte, de ser mais do que apenas células e químicos e evolução de espécies. Tudo o resto é certo que não sobreviverá à morte.

Então a morte faz-me acreditar que o que importa é eu preparar a minha mente, as minhas crenças, os meus valores, a minha capacidade de crescer e me adaptar...A morte faz-me compreender o sentido da vida! A morte traz-me conforto de saber o que sou e para onde vou...

Parece-me estranho que alguns escolham ignorar que o facto e a prova mais importante da vida é "a morte!"

Agora a escolha é tua, ou nada disto importa, ou prepara-te para a morte...pois a verdadeira preparação está dentro de ti!

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