segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Yu All - Blood Elf - Capitulo 4

(rewriten)
Adoptado por vampiros

Tinha sido cercado por um grupo de elementos que me atacaram sem procurarem explicações. Estes indivíduos foram facilmente derrubados, mas um novo elemento surge. Parece nem se importar com o facto de ver três dos seus companheiros mortos no chão.
Este ser é incrivelmente forte. Por mais que tentasse não consegui sequer tocar-lhe.
O mais estranho é que Octávio parece conhecer-me. Mas quem é ele? Amigo de Cecília?
Várias questões pairam na minha cabeça, mas não me atrevo a colocá-las.
Octávio menciona que estou pronto para “receber treino”. De que treino fala ele? E para que me deu uma espada? Ainda se fosse uma bazuca ou ao menos uma pistola…
Segui Octávio em silêncio.
À nossa frente um vórtice de luz negra abre-se. Entramos.
-Estás de volta ao mundo de Seol.
- Pensei para comigo “mas não era o mundo de AshWorld? Será este um outro mundo?" vim a perceber que cada clã, tribo e reinado dava a este mundo o nome que desejava. Não havia consenso.
- O teu amigo druida que invoca lobos deu-te, mesmo sem saber, o teu maior presente. Graças a ele és agora um membro do clã Vampírico. O maior e mais poderoso clã de Seol! Irás ficar a cargo do Raulian. Um vampiro de nível intermédio, mas com experiência suficiente para te iniciar.
- Desde esse dia fui treinado como se fosse um vampiro. Não era escravo de ninguém como Cecília me havia contado. Era como um familiar deste clã. Embora tenha compreendido que família pouco significava para os vampiros. Rapidamente compreendi que estes competem constantemente uns com os outros e evoluem só com a destruição dos seu superiores. Literalmente a lei do mais forte. Mas eu era especialmente odiado. Não tinha os poderes de um normal vampiro. Tinha apenas sido corrompido pelo mesmo que o ShadowWolf. Aparentemente o zombie que vi lutar não era nada mais, nada menos, que um vampiro mal tratado. Quando os vampiros não se alimentam começam lentamente a ser fisicamente destruídos. A sua vida depende de se alimentarem ou não de sangue das suas vítimas. Aqui, em Seol, não era fácil como na terra de encontrar alimento. Assim o seu corpo estava meio podre e começava a falhar, por isso me pareceu um zombie.
Durante o meu tempo de treino compreendi, que todos os vampiros menores são conhecidos não por um nome, mas por um código alfanumérico. Considera-se que não são dignos de serem sequer recordados. Afinal, cerca de noventa por cento dos vampiros são vampiros que surgem com a corrupção de outras raças, e cerca de setenta por cento destes não vivem mais que um ano. Todos os dias nasciam e morriam novos vampiros. Quem conseguiria recordar todos os seus nomes?
Para que um vampiro ascenda ao nível de poder utilizar um nome deve consumir um especifico inimigo de Seol, ou ser um vampiro filho de pai e mãe vampiro. O que era extremamente raro de acontecer. X31 era o vampiro que vi lutar com ShadowWolf. X31 era um génio. Não se esperava que perdesse a luta. Nem mesmo para um guerreiro tão poderoso como o ShadwWolf. Mas quando X31 se apercebeu que não podia ganhar, fez um tipo de ataque que nenhum outro vampiro havia alguma vez sido capaz de fazer. X31 usou todo o seu poder para se transferir para o corpo de ShadowWolf, o choque de poderes deveria garantir a morte de ShadowWolf, assegurando assim a vitória de X31 e consequentemente a morte de ambos. Para um vampiro, perder uma luta é a morte e se o nosso destino é a morte, que ao menos se morra pela vitória, pela destruição dos nossos inimigos. Ao contrário do que pensava, os vampiros são uma raça extremamente orgulhosa, honrada e não tão antiga e poderosa como gostavam de fazer parecer. Quando o ShadowWolf me tocou transferiu algum do seu poder para mim, consequentemente absorvi também algum do poder de X31. ShadowWolf aproveitou o facto do meu corpo ter recebido o sangue de elfo e estar numa fase de transformação para que fosse possível garantir que todo o seu poder não seria desperdiçado com a sua morte. Ao considerar-me digno de ser o herdeiro de seu poder, acabei sendo também o herdeiro do poder de X31. Aqui estava eu, a finalizar a fase de transformação do meu corpo não sendo mais humano, mas um híbrido entre mais três raças. Consequentemente, agora, todos os vampiros me consideram o herdeiro de X31. Desde que entrei para este clã que me apelidaram de Pyros.
Um nome que bastante me intrigou.
Ao que parece Pyros era o chefe de um clã há muito destruído, um clã de elementos do fogo. A habilidade, única, que X31 tinha para criar auras venenosas de cor vermelha que em muito se assemelhavam ao fogo desse clã, garantiram-me o nome Pyros. Que poderia apenas ser usado quando este destruísse ShadowWolf. Pois bem, ShadowWolf estava destruído. E eu era o Pyros! Não... Eu sou o Pyros.

Por mais que tentasse, por mais que Raulian me orientasse, eu não conseguia absorver o poder das minhas vítimas como um vampiro normal. Inicialmente pensou-se que tinha sido uma falha de Octávio trazer-me para o seio dos vampiros. Todos achavam que Octávio devir ter-me destruído e absorvido.
O meu corpo continuava a funcionar basicamente como o de um humano. Podia não consumir a energia vital de outros e mesmo assim manter-me com uma grande longevidade. Ao contrário dos vampiros que morreriam lentamente se não consumissem ninguém! Acabei por perceber que o meu poder é um misto do poder de invocar e controlar espíritos, com o poder de absorver os seres moribundos que estão perto de mim. As suas almas ficavam perto de mim. E podem ser trazidas ao mundo físico por momentos. Basicamente, lutar contra mim, era no momento, como lutar contra cinco guerreiros. Eu e as quatro almas que havia absorvido. Durante os treinos, havia também absorvido alguns animais. Mas as suas mentes eram demasiado confusas, não os conseguia controlar. Rapidamente tive que aprender a libertar as almas que não controlava.
Uma das desvantagens deste meu poder é que não controlava quem absorvia. Basicamente todos que estiverem perto no momento que liberto o poder vampírico, começam a perder as forças, até que eventualmente são absorvidos. Este poder tem ainda a desvantagem de que quando absorvo alguém não me regenero como os vampiros. Basicamente eu não me podia regenerar tal como os vampiros.
Com o tempo aprendi a usar o poder destas quatro almas, cada um deles age segundo a minha vontade, muito semelhante a novos braços. Braços que não podem ser derrotados fisicamente. Infelizmente estas almas também não se podem afastar muito de mim, ou ficam sem poder e desaparecem.

Não foi nada fácil sobreviver no meio dos vampiros. Mas eventualmente tornei-me no braço direito de Octávio. É engraçado verificar como as coisas funcionam no clã dos vampiros. Eu, um elemento de uma raça inferior, sou adoptado pelos vampiros, ensinado por estes. E consigo até ultrapassar o poder dos vampiros de puro sangue.
Este um ano e dois meses não foram fáceis, mas o mais difícil foi o teste que me levou a tornar-me num vampiro superior. Nunca irei esquecer esse dia.
...

2 comentários:

  1. Mt bem Pyros... :) estou a gostar e ansiosa por ver as cenas do próximo capítulo :P

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  2. Então Pyros, quando publicas o capítulo 5 para eu ler? É k estou aqui sem trabalho hehe
    E qdo é que pões um pco de romance nesta história hein? :P

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