segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Yu All - Blood Elf - Capitulo 11




(rewrote)
A missão com Rafaela


Os dias em AshWorld passavam lentamente.
Pensava constantemente em como estariam os meus amigos, pais, a Cristina, o Octávio, todo o clã de vampiros... e Cecília como estaria ela?! Tinha tido noticias de que ela fora informada que eu estava de volta, mas não percebia porque não a deixavam ver-me. Consolava-me saber que todo o meu esforço me levaria a brevemente poder rever todos de quem gostava, mas esse dia não parecia estar mais próximo do que quando para cá vim.
Lara prometera que me deixaria vê-los em breve, pois após 14 meses de treino estava pronto a ter a minha primeira missão.
Como prémio pela minha grande evolução, ser-me-ia atribuída uma missão nas terras do norte. Perto do local onde estava Cecília. Era provável que a pudesse ver, mas estava contente por saber que estaria perto dela.
Era estranho para mim perceber que estava tão ligado a uma pessoa que nunca fora mais que uma estranha e que nunca tinha sequer me dado algum sinal de afecto ou amor. Era o meu jeito normal de agir, de me apaixonar, mas Cecília havia sem dúvidas sido a pessoa que mais mexeu comigo em toda a minha vida.
Cada dia que passa me sinto mais obcecado por Cecília. É normal para mim tentar obter informações sobre ela, todos começaram a notar que a considero mais que uma amiga. Nunca ninguém comentou nada acerca deste meu sentimento, ao invés aproveitam constantemente o facto de eu o sentir para me motivarem no treino. Graças a esta motivação, finalmente, ao fim de pouco mais que um ano, estava pronto.
Finalmente é chegado o dia de abandonar o conforto do Clã e preparar-me para enfrentar tudo para a qual fui treinado. O clã tem vindo a ser atacado por tribos de Goblins e Orcs que vivem na floresta do norte. Esta era uma floresta perto do império de Seol controlada pelo clã vampírico, por isso sou enviado para actuar como diplomata caso nos encontremos com vampiros.
Rafaela é enviada juntamente comigo, esta será a minha líder.
A missão consiste em descobrir o porquê de estas tribos estarem a atacar o clã e caso seja necessário assegurar que os ataques param usando a força.
Embora não me tenham sido dados detalhes da missão, pelo que consegui notar, é bem provável que tenhamos que destruir estas tribos.

Rafaela apareceu perante mim flutuando.
- Vamos Pyros. Não temos tempo a perder.
- Rafaela conseguia flutuar porque apenas o seu espírito estava ali. "Então e o teu corpo? Vais assim como espírito?" Perguntei-lhe.
- Sempre que vou em missões vou apenas com o meu espírito, não havendo necessidade, não levo o meu corpo e assim não me arrisco a danificá-lo, caso este fosse destruído, nunca poderia obtê-lo novamente.
Agora vamos rápido, nesta forma eu poderia alcançar o norte em um dia, mas como não és tão rápido, temos que nos apressar. A viagem deverá levar-nos uns cinco dias.

- Era bom finalmente sair da vila onde treinei, conhecer o resto do território do clã.
Durante a viagem tive oportunidade de conversar com Rafaela mais abertamente sobre vários assuntos. Compreendi que todos os que estão no clã lutam até à morte por ele apenas por escolha própria, ninguém é obrigado a ficar e a lutar, ao contrário do que acontecia com o clã dos vampiros, onde a única hipótese é estares com os teus ou morrer. De qualquer das formas a sua afirmação soava-me um pouco estranha, uma vez que me sentia frequentemente um prisioneiro. É verdade que também nunca tinha realmente tentado sair dali, se o desejasse, talvez me deixassem, quem sabe!

O clã do Dragão era na realidade um império, um dos maiores e mais poderosos das facções neutras, com ligações a alguns reinos de Seol e Gaia. Este império era apenas conhecido internamente como clã (família), uma vez que inicialmente havia sido construído por uma família de guerreiros do céu, ou melhor, pessoas que montavam animais voadores como grifos, drakes e dragões, então ficara o conceito, mas nenhuma tribo, clã, ou império externos os vissem mais como um clã, todos os viam como o grande e poderoso Império do dragão.

Quanto mais nos aproximávamos das terras do norte, mais nos apercebíamos de que as coisas estavam pior do que esperado. Havia algumas vilas destruídas e os aldeões haviam desaparecido. Mesmo quando nos aproximamos dos territórios de vampiros nada se via com vida.
Teríamos de ir directamente ao território dos Orcs tentar perceber o que se passava.
Estávamos ainda a cerca de um dia de viagem da principal aldeia Orc quando fomos repentinamente emboscados.
- Eu disse-lhes que mais iriam aparecer.
- Gritou um pequeno e esquelético ser.
- São Goblins, protege-te Pyros.
- Gritou Rafaela.
Coloquei-me rapidamente em defesa. Rafaela havia-me dado uma armadura e uma espada,
invoquei os meus espíritos e preparei-me para o ataque. Rafaela interveio-o.
- Pyros, fica à defesa. Não percebo como não os detectei. Protege-te, eu trato deles.
- Rapidamente por todos os lados apareceram lobos castanhos. Eram os lobos de Radaela. Saltaram sobre os Goblins, desfazendo-os com poderosas dentadas.
Ao longe um Goblin, mais pequeno que os restantes e com uma cor preta que o destacava dos congéneres castanhos, gritava numa língua estranha “Ajuda-nos mestre. Dai-nos poder”, não consegui perceber o resto. Era claramente um código que invocava alguma magia. O Goglin continuava invocando a magia em cânticos e dança tribal, até que em poucos minutos vários portais se abriram. Saiam deles várias criaturas, vários répteis, hidras, mais Goblins e alguns Orcs.
Rafaela já não conseguia dar conta de todos.
Alguns vieram directamente contra mim. As aulas com Guilherme e Rafaela seriam agora testadas. Conseguia esquivar-me, atacar e dar poder aos espíritos para atacarem, estava realmente satisfeito com os resultados do meu treino.
Uma hidra de quatro cabeças correu contra mim. Tentou morder-me com as duas cabeças da direita.
Saltei por cima delas. Um dos espíritos agarrou a cabeça mais à esquerda, enquanto outros dois tentavam arrancar-lhe a cauda. As três cabeças olharam na sua direcção. Duas delas atacaram, mas as almas não podiam ser detidas por ataques puramente físicos. As cabeças acabaram por morder a própria cauda. Com um golpe de espada cortei a cabeça mais à esquerda. A da direita havia reunido força para me atacar, o espírito não foi capaz de a segurar…
Ela mordeu-me com uma rapidez e força esmagadora. A sua cabeça era maior que todo o meu corpo. Dentro das suas mandíbulas estava a parte inferior do meu corpo…
Eles eram demasiados e demasiado fortes...

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