quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Yu All - Blood Elf - Capitulo 13















(rewrote)
Novamente com vampiros


Eu e Cecília afastamo-nos.
- Pyros, se preferes que te trate assim podes dizer-me.
- Na realidade não me sentia à vontade para a contestar. Tudo que ela fazia estava perfeito para mim.
- Vá, conta-me tudo, o que sabes fazer? Cristina fartou-se de te gabar, acha que és fantástico. Prova-me que ela está certa.
- Cristina!? A minha amiga vampiro!? Como é que ela conhecia a Cristina? Será que eram amigas?
Tentei-lhe descrever ao máximo tudo o que se havia passado comigo, todos os meus treinos e todas as minhas habilidades.
- Muito bem. Sabia que para além da traição de Octávio podia confiar que te manterias no caminho correcto.
Eu vou liderar as actuais forças para a tribo dos Goblins. Tu vais juntar-te a Cristina e aos seus vampiros e tentar dialogar com a tribo dos Orcs. Essa tribo bárbara só vê a força. Tu certamente conseguirás argumentar melhor com eles. Muito bem, vou preparar-me. A Fast irá levar-te até Cristina.
- A Fast?
- Sim, essa nossa amiga que está ao teu lado.
- Olhei para o lado. E lá estava uma pequena mulher com asas de borboleta ao meu lado. Não devia ter mais que uns quatro ou cinco centímetros.
- Como chegaste aqui? Nem te vi aproximar!
- Cecília, já se afastando, disse:
- Devias ter os espíritos a toda a hora contigo. Eles poderiam ter-te avisado da sua presença.
- Ela tinha razão, mas custava-me invocá-los e deixá-los ficar sempre neste mundo. Era demasiado solitário para eles. Sete espíritos que se movem num raio não superior a dez metros de mim, que não podem interagir com nada nem ninguém sem esgotar a minha e a sua energia em pouco mais de uma hora. Para além disto se eles estivessem sempre comigo eu deixava de ter privacidade.
Eram evidentes as minhas falhas como guerreiro, como podiam eles esperar que eu fosse o mais forte se me demonstravam constantemente as minhas falhas!?
Raulian tentou comunicar-se comigo. Consegui-a ouvi-lo de dentro de mim...
- Pyros, tenho tentado evoluir ao máximo neste meu estado, estou a descobrir várias formas de nos tornarmos mais fortes, neste momento consigo sentir, ouvir e ver tudo o que tu sentes, vês e ouves mesmo não estando no mundo físico, a ligação que existe entre ti e os espíritos que carregas é muito forte.
Tal como Cecília disse, deverias manter-nos neste mundo sempre, estamos todos dispostos a viver, treinar e proteger-te nessa escravidão. Na realidade viver assim não é muito pior do que viver como vampiro. Não tens que te preocupar connosco.
- Raulian realmente estava a esforçar-se para que ficasse-mos mais fortes, não sei se por mim, ou se por ele próprio, pois se eu morresse ele também morria e a vida depois da morte não devia ser algo de bom para um vampiro, em todo o caso era um esforço que me motivava.
Além de tudo, estava triste. Foi bom rever Cecília, mas ela foi tão fria e distante comigo. Desejei acreditar que isto era apenas porque ela não sabia dos meus sentimentos, mas que certamente um dia estaríamos juntos.
Passado alguns minutos vi todos partir. Cecília nem se despediu de mim. Toda aquela doçura que me cativara aquando do meu recrutamento já não existia no seu olhar.
Decidi seguir a Fast sem pensar nela. Novamente rumo ao clã dos vampiros...
A viagem foi calma e solitária, não só a Fast não falava muito, como também eu não conseguia deixar de pensar na Cecília.
Estávamos já bastante perto do local onde nos deveríamos encontrar com os vampiros, a Fast não queria aproximar-se mais, tinha medo de se transformar num morto vivo caso ficasse muito perto deles. Decidi então despedir-me dela e com um sorriso entreguei-lhe uma carta para Cecília. Uma carta onde decidi explicar os meus sentimentos.
Aproximei-me do acampamento lentamente. Decidi testá-los, ver o quanto fortes estavam.
Corri para eles. Os vigias viram-me aproximar a correr, fizeram soar o alarme e correram para me deter. Ninguém me reconheceu.
Eram notoriamente guerreiros de baixo nível. Provavelmente uns novatos recrutados depois de eu abandonar o seu clã.
Saltei sobre eles e sobre as iniciais barreiras.
Ao longe vi Cristina, corri na sua direcção. Rapidamente fiquei cercado por vampiros. Os meus, agora mais presentes companheiros espíritos, atacaram. Foi fácil lançá-los pelo ar e continuar em direcção a Cristina.
Um dos espíritos alertou-me para um perigo, pela primeira vez vi guerreiros vampiros arqueiros. Não foi muito difícil esquivar das suas flechas.
Se este era o exercito de vampiros que nos iria ajudar então estavamos condenados, eles pareciam realmente muito fracos.
Finalmente estava a poucos metros de Cristina. Os vampiros gritavam. “Cuidado mestre".
Cristina virou-se na minha direcção sorrindo, abrindo os braços para me abraçar.
Correspondi.
Todos pararam com o ataque, sem saber como reagir.
- Seus estúpidos.
- Gritou ela.
- Como ousam atacar o nosso general Pyros!!!
- Todos se ajoelharam pedindo perdão.
- General? Eu? Que história é essa?
- Perguntei-lhe.
- Agora és o nosso general. Tu, eu e Manda, somos os generais de Octávio, os mais poderosos do clã.
- Tenho muito a falar contigo. Os amigos de Lara têm tentado convencer-me de que me usaram.
- Mas é claro que Octávio te usou.
- Fiquei chocado ao ouvir estas palavras.
- Octávio é um visionário, um estratega como nunca antes visto. Ele deveria ser o nosso verdadeiro líder, mas com o seu nível de poder, isto nunca será possível. Ele viu em ti um grande potencial e ao invés de te destruir, como foi feito com alguns outros, ele decidiu trazer-te até nós. De resto, nada aconteceu como planeado. As amizades que formaste, o teu empenho pelo treino, a derrota de Raulian, o meu amor por ti...!
- Ah...não sei o que dizer.
- Nada. Não tens que dizer nada. Todos sabem que amas Cecília. Tal como todos sabem que eu te amo a ti. Isto não muda nada. Somos amigos. Vamos completar a nossa missão e se desejares, depois podes esclarecer tudo com Octávio. Agora que chegaste, está na hora, vamos quebrar umas cabeças de Orcs...

1 comentário:

  1. É toda provocante a Fast...por isso é que foste atras dela e nem te importaste com a Cecília...

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